terça-feira, 13 de março de 2012

O QUE SERÁ, QUE SERÁ?

O que será que Messejana fez para ter tanta confusão ligada a seu nome. O seu povo não merece, com certeza. Para ser bem objetivo, nossa história virou artigo em que muitos querem meter a colher, mas poucos entendem. Chegar a ser penoso o achincalhe que sofremos ao ter anunciado em uma rede de TV local a passagem de fantasiosos 405 anos de fundação de Messejana. Pura criação de pessoas sem a menor identificação e conhecimento de nossa memória e cotidiano.

 
De quem é a culpa? Melhor não falar em nomes. Mais revelador é tratar de toda a orquestração importando pesquisador de fora e inventando datas, apenas com o propósito de ser o dono da ideia. Mesquinho é pouco para representar tal projeto maléfico. Messejana é noticiada como município do Ceará, em portal de grande visibilidade no Brasil por conta da falta de acuidade de uns e outros. Querem entender o que não vivem.

 
Continuando a perversidade realizam-se festas expatriada como se fora de aniversário de Messejana. Expatriada pelo simples fato de não ser realizada no bairro e sim em outros lugares que tem sua própria e bonita história de surgimento e evolução.

 
Estão querendo sequestrar Messejana da sua liberdade de ser a Messejana que sempre se apresentou como trabalhadora e livre para se desenvolver. Estão querendo manipular a história e a cultura no desejo atroz de estabelecer donos para um lugar tão múltiplo. Novamente querem fazer o terrorismo do “cabresto”, mas no alvorecer do século 21 mudaram a estratégia e os neo-pseudo-coronéis se travestem de benfeitores, salvadores da pátria. Pura construção de colegiados que não vivem sem o poder. Estes estão querendo roubar a nossa liberdade através do estelionato que passou do nível eleitoral e já quer invadir o cultural e o social. A máxima “lobo em pele de cordeiro” nunca foi tão aplicável a certos casos no que se relaciona a algumas situações em Messejana.

 
Daí alguém faz a pergunta: E o que importa saber a história e a data de fundação? A resposta está na mesma necessidade de saber direitos constitucionais ou de como devemos ser tratados como cidadãos onde estivermos. Uma valorosa juventude e uma parcela de bravos educadores tentam entender a nossa história para construir um futuro melhor, sem a desvalorização causada pelos que querem ser os “donos da história”. Tudo o que acontece hoje é reflexo da nossa ação durante o tempo e, inclusive, o caos representativo que atrapalha nosso desenvolvimento e apenas se alimenta e escraviza tratando o povo a pão-de-ló como se fosse apenas artifício de manobra.

 
As soluções vão ficando pelo caminho. Uns apostam na emancipação e outros rezam para que o povo seja iluminado com a realidade dos fatos. Enquanto isso viramos motivo de trocadilho ao ouvirmos o chiste: “Desde quando Messejana tem 405 anos?” em tom de ironia nos fazendo parecer povo sem história, ou pior, história importada ou até uma história inventada para coincidir com datas que não tem nada que ver com Messejana e sim com o afã individual de alguns que jamais fizeram nada pela comunidade e que como já dizia um outro chiste: “Chegaram agora e á quer sentar na janela?”.

 
Messejana foi fundada, inaugurada em 1º de janeiro de 1760 e já completou 252 anos. Contudo, isso é o que diz a história pesquisada por messejanenses. Contudo, a história é vista por cada um de uma forma da qual lhe conforte e lhe traga as melhores sensações. O que não pode, na humilde visão de um messejanense, é inventar, por vaidade pessoal, um marco que não existe, maculando toda uma trajetória especifica de uma nação chamada Messejana.

Felipe Neto
Historiador

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